Todos sabemos que a pandemia veio dinamizar o comércio eletrónico. Esta é uma conclusão por demais evidente. No entanto outras dinâmicas inerentes a este tipo de presença no mercado se têm evidenciado e o custo de aquisição e retenção de clientes tem vindo a aumentar (mesmo antes de 2020), levando à busca de novas soluções – ou à adaptação das soluções já existentes. Na realidade, os meios e plataformas que temos hoje à nossa disposição criam novos hábitos e novas facilidades quando consideramos o acto da compra em si. Já lá vai o tempo em que recorriamos ao PC para fazer uma compra online na nossa loja de confiança. As últimas estatísticas apontam para a utilização de dispositivos móveis (m-commerce) em cerca de 72,9% da globalidade das compras online no final de 2021!! (fonte: Statista.com).
Agora consideremos o crescimento dos hábitos de utilização de assistentes eletrónicos (dos quais a Alexa da Amazon e a Siri da Apple serão os mais conhecidos). É fácil de realizar que ter apenas uma “montra” online já se torna insuficiente para nos diferenciarmos da concorrência. Temos a transformação do próprio processo de compra num serviço, com as marcas da frente do pelotão a enveredarem por sistemas de tecnologia “headless” – a separação do backend do negócio do seu frontend (ou cabeça) – esta última é a que assegura o interface com o utilizador. Assim garante-se que a base fundamental do negócio é mantida, mas há uma adaptação às necessidades de diferentes tipos de clientes – adaptação conseguida, tipicamente, com o recurso a APIs que garantem a maximização do número de plataformas acessíveis.
Do lado do backend teremos SEMPRE de garantir o tratamento, a organização e a disponibilidade de informação. Obviamente um modelo de classificação terá de estar no coração de toda esta dinâmica, promovendo o bom funcionamento da cadeia logística, a aquisição fiável dos dados relativos aos produtos comercializados e a atualização automática de todo o frontend das operações.
Rui Monteiro
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