Se há uma preocupação comum que paira no espírito dos responsáveis por empresas nos dias que correm, essa é certamente a busca pelo modelo de negócio perfeito. Por um lado terá de ser coerente e robusto de forma a garantir a identificação inequívoca das ações a tomar para a sua implementação e por outro ser flexível o suficiente para rapidamente se adaptar a situações de crise – seja a crise de que tipo for. Ora se dividirmos este dois fatores e os considerarmos de forma independente, conseguimos identificar mais facilmente alguns pontos-chave que devem, obrigatoriamente, ser incluídos nas intermináveis cogitações.
A robustez pode ser associada à relação “Proposta de Valor” / “Segmentos de Mercado” e a flexibilidade garantida pelo(s) “Canal(is)” e “Recursos-Chave”, tudo isto garantindo que a estrutura de custos é suportável e, idealmente, permite folga para futuramente escalar o negócio. Ou seja, deve ser considerado o enriquecimento do serviço/produto de forma a ser utilizado regularmente e frequentemente pela grande maioria dos stakeholders do mercado em que operam e fazê-lo chegar de forma simples e rápida aos seus clientes. Note-se que o enriquecimento da proposta de valor pode passar por alargar o âmbito de fornecimento, complementando a oferta tradicional, ou simplesmente incluir outras marcas para os mesmos produtos/serviços.
A flexibilidade passa, diria quase obrigatoriamente, pelo recurso a uma plataforma online alicerçada numa ferramenta analítica (um dos Recursos-Chave) que constitua o apoio fundamental para tomadas de decisão rápidas e eficazes, que permitam acompanhar a evolução das tendências e novas necessidades do mercado.
Garantidas as condições anteriores, está, igualmente, garantida a sustentabilidade e resiliência de um qualquer negócio, seja ele novo ou tradicional. Está na altura, portanto, de alinhar estratégias e, talvez, repensar cursos de ação, de forma a tornar o mais possível o seu negócio imune às agitações do mercado.
(Rui Monteiro – ETIM Portugal)